domingo, 22 de maio de 2011

Abelha Jandaíra


Hoje, recebi um surpresa agradável. Fui agraciado pelo senhor Paulo Menezes, do Meliponário Mons. Bruening, de Mossoró-RN, com a terceira edição do livro "Abelha Jandaíra", de autoria do Mons. Bruening.
Esse fato é digno de registro, pois esse tesouro literário chegou-me à mão através de uma biblioteca local, há quinze anos atrás, de maneira inusitada. Daria para escrever um outro livro somente narrando os pormenores desta época em que eu estava totalmente interessado pelo mundo das abelhas, com ênfase na abelha Jandaíra, que faz parte da cultura sertaneja do interior do meu estado. E um maior conhecimento teórico acerca das ditas abelhas indígenas só se tornava possível, por essa época, através de livros específicos, revistas, reportagens na televisão, etc. A Internet ainda não existia por esse tempo. E o encontro com esse livro (a 1ª edição) do Mons. Bruening veio a preencher esse vácuo que era ter uma literatura voltada para essa abelha de forma específica.
E hoje, nessa terceira edição editada pelo Sebrae-RN, temos um livro onde, além do conteúdo em sua íntegra da 1ª edição, há uma pequena biografia sobre o Mons. Bruening, ratificando o que já se constata sobre o mesmo em termos de espiritualidade e conhecimento prático de manejo quando se lê o conteúdo da obra. E ao final, em um capítulo à parte, um curso sobre meliponicultura com o senhor Paulo Menezes.
Existe um link da 1ª edição do livro em sua íntegra no outro blog de minha autoria, disponibilizado pela Coleção Mossoroense, primeira editora em que o livro "nasceu", e também disponibilizo o acesso ao livro sob a forma de PDF pelo link:http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:http://www.colecaomossoroense.hpg.ig.com.br/jandaira.pdf
Para os que, assim como eu, desejam obter e enriquecer a própria biblioteca com esse livro ímpar na sua forma tradicional, creio que o mesmo pode ser adquirido através do Sebrae, que deve vender e remeter o livro para os interessados.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Campanha da Fraternidade 2011


Ontem, na televisão, assisti algo a respeito do Lançamento da Campanha da Fraternidade de 2011, e pelo título logo tive uma ideia do que trataria essa Campanha. Hoje, ao pesquisar um pouco constatei que o tema é bem atual.
Mais notícias nesses dois links: http://www.portalkairos.net/campanhadafraternidade/default.asp e http://www.oarcanjo.net/site/index.php/cf/objetivos-da-campanha-da-fraternidade-2011/

terça-feira, 8 de março de 2011

Jeito Místico de Ser


Depois da última postagem, em que coloquei a palavra "místico", me veio uma inspiração de refletir um pouco sobre essa palavra e do que ela pode significar em um contexto amplo. Primeiro que ao contrário de associar a palavra "místico" a algum tipo de conduta esotérica, no meu caso é apenas para me referir a uma abordagem afeita à espiritualidade, onde procuro desenvolver a espiritualidade cristã sob um prisma que pode muito bem ser caracterizado como "místico", pois tenho em conta de que o Criador "fala" a partir de Sua criação.
A contemplação a partir dos elementos naturais está longe de ser uma atitude de possível construção de outras formas de adoração, que no caso seriam aos elementos naturais, pois tenho em mente que a criação nunca poderá fazer frente ao Criador.
E outra reflexão que faço é que somente com alguma experiência nesse campo da espiritualidade, aliada a uma maior idade (44 anos), se torna possível para mim, hoje, abordar esse tema de forma, digamos, singela, ou sendo mais radical, como algo que remete a uma sensibilidade que se vista com olhos menos afeitos nesta seara da espiritualidade pode ser tomada como uma abordagem colorida demais. Então vejam o perigo que corro ao abordar um tema que me pode ser caro em termos de ser mal interpretado. Por isso que a construção dessa visão deve se ater somente na linha do "azul" e do "verde".
Então, é procurar me ater na linha proposta pelo blog, uma linhagem ambientalista em conjunto com uma visão espiritualista, aliada à contemplação a partir do registro de fotografias, com uma pitada de bom humor, procurando não cair no exagero, para que a visão contemplativa do mundo e as reflexões advindas desta visão possam ser um registro gratificante não somente para o dono do blog, mas uma visão e reflexões abertas a quem porventura possa se beneficiar com as mesmas.

Lugar Místico II


Nesse outro lugar, distante uns cem quilômetros, o que o torna memorável não são as vibrações auditivas positivas como as demonstradas no post anterior, mas a beleza natural do lugar, que também carrega algo místico; e toda vez que ali me encontro há a contemplação e a tentativa de registro desses momentos através de fotografias, o que se torna um dos focos principais desse blog, apesar de que as fotos em questão sejam de um pretenso fotógrafo amador.

segunda-feira, 7 de março de 2011

Noite



Acho que todos devem ter um lugar que se torna memorável por alguma razão, e tem um lugar que pelo menos uma vez ao ano procuro passar nem que seja um final de semana para voltar a ter determinadas sensações que somente este lugar proporciona. Eu tinha outra foto que acho mais de acordo com o lado "místico" do lugar, mas não encontrei e usei essa acima mesmo. Esse lugar fica distante uns trezentos quilômetros de minha cidade e o que o tornou memorável não foram as atrações naturais do lugar durante o dia, mas algo prosaico, simples, oferecido à noite.
Simplesmente na falta de sono, depois de me distrair assistindo televisão - algo que em casa raramente faço -, e de me pegar rindo desses seriados americanos, ao colocar a cabeça sobre o travesseiro para dormir começo a ouvir os sons vindos da BR que passa em frente, e os sons que mais me fascinam são os sons dos caminhões trafegando e suas freiadas originais.
Aquele movimento noturno me dá a impressão de estar em um lugar tipo "fim do mundo"; parece que estando parado naquele lugar me dá a sensação de estar à parte no mundo; de que o mundo continua a transitar, mesmo à noite e naquele lugar ermo, e por estar naquele lugar àquele momento, tenho uma sensação meio diferente, mas realmente é muito gratificante, só se igualando ao também barulho do mar, quando tem-se a oportunidade de dormir ouvindo o mar.

sábado, 5 de março de 2011

A Vida






Nessa sequencia de fotos temos um "ataque" frontal de um jabuti a uma planta ornamental. Essas imagens podem ser consideradas como algo banal, normal, corriqueiro, sem acarretar um maior interesse a quem está longe de voltar os olhos para o meio natural. Mas aos meus olhos são uma amostra viva de que as relações entre os seres vivos podem nos fazer refletir o quão em termos de evolução nas relações sociais os homens conseguiram alcançar, onde essas mesmas relações sociais se efetuam segundo normas de conduta construídas no decorrer dos tempos, deixando para trás qualquer conduta semelhante ao caso mostrado acima. E confesso que essas imagens mais cedo ou mais tarde seriam postadas, porque as considero um exemplo de como as existências são desenvolvidas no planeta a todo momento, onde de forma visível ou invisível essas relações se desenvolvem mundo afora.
E faço uma comparação de que a vida é isso mesmo, que a despeito da pretensa organização nas relações sociais humanas, qualquer um, a qualquer momento, pode se ver em um momento que foge dos padrões de conduta e da lógica colocada pelos homens a tudo e a todos. Pois segundo pretendem os homens, o mundo deve seguir essa mesma lógica construída para que tudo ocorra segundo o planejado. Mas a vida sempre surpreende. E tomando por base o exemplo acima pode-se compreender como a vida é efêmera, frágil, sujeita aos fatores externos a ela mesma para continuar, ou não, a própria existência. E uma vez confirmada a inevitável fragilidade da vida frente aos inusitados do mundo tem-se várias reações, que vão do desespero ao apego por "sistemas" construídos e que promovam uma ideia de estabilidade necessária ao bom viver.
Mas vejam como a vida dos seres vivos está entregue à própria sorte no mundo, e pensei muito antes de digitar essa reflexão, pois desconfiava e ainda desconfio de que a mesma sendo tomada como uma pilhéria poderia espantar os parcos leitores que julgo ter; mas não me contive e digito com toda a certeza de que a nossa vida, independente da tomada de proteção e de uma lógica construída nas relações humanas, sempre está a depender das relações externas, chegando a se assemelhar ao caso contundente colocado acima em forma de imagens, que podem ser surreais; pois uma planta ornamental estando em um local o mais apropriado possível para a própria existência (um jardim) e mesmo assim aparecer um jabuti, ainda mais sendo um ser totalmente herbívoro a colocar em perigo a própria existência, só poderia ser tido como algo surreal.
Ainda bem que existem outros seres vivos que promovem uma conduta mais afeita às tentativas feitas pelos homens de colocar ordem em tudo. Me refiro às abelhas, que para quem não conhece as relações sociais das mesmas, existe uma casta mais numerosa (operárias) que desde que nascem, se não forem aquela escolhida para ser a rainha responsável pela reprodução da espécie, terá uma vida que aos olhos humanos se assemelham em tudo a uma vida proletária, pois segundo os estudiosos no decorrer da existência e do ganho de experiência dentro da colônia, executam tarefas que vão da limpeza à construção das estruturas externas, são responsáveis pela alimentação da rainha, entre tantas outras tarefas, para finalmente conseguirem chegar ao posto de campeiras, que são as abelhas responsáveis pela coleta do néctar e do pólen nas flores que se encontram fora da colônia.
Aos olhos humanos temos um exemplo de organização social que prima pela organização, onde cada ser executa a sua função sem mais delongas, sem greves (como se referiu o Padre Huberto em seu livro), e aos olhos humanos temos uma chamada "zona de conforto" já explanada em outro post, que seria aquela condição favorável exposta por outros seres vivos, que conduzem a uma sensação de estabilidade e ordem tão necessária aos homens, de acordo com uma lógica construída no decorrer dos tempos.
Mas vou finalizar essa reflexão com uma observação meio que surreal que pode muito bem ser também tomada em tom de pilhéria, mas creio que o exemplo de desapego ofertado pelas abelhas operárias frente a uma falta de interesse de também buscar para si a situação cômoda colocada à rainha, que goza de uma ociosidade e licenciosidade fora do comum no mundo dos insetos, a mesma se dá porque a despeito da carga de trabalho colocado e executado pelas campeiras, essas mesmas compeiras de repente têm uma recompensa que está fora do alcance da rainha e zangões atrelados à mesma, em seus desvarios em termos sociais: as campeiras compensam a falta de um maior "contato animal" com o "contato vegetal" proporcionado pelas flores, que aí, poeticamente, ou literalmente falando promovem uma relação que se vista por uma olhar ameno é apenas uma relação natural de reprodução (da planta) junto a uma relação extrativista (das abelhas), uma se "locupletando" da outra. Mas se olharmos bem, com outros olhos, "olhos poéticos", temos aí uma relação frutífera em todos os sentidos para os seres vivos envolvidos nesta relação animal/vegetal. E aí saímos mais uma vez daqueles parâmetros sempre colocados pelos homens, pois entre uma abelha e uma flor existem mais mistérios do que remete a nossa vã filosofia.

sexta-feira, 4 de março de 2011

E-book II


Engraçado, ontem começei a digitar algo para o blog no intuito de atualizá-lo e não deixá-lo "parado", e há algum tempo me debruço sobre a questão do e-book, da influência da nova tecnologia e no que trará de novo para os que gostam de se debruçar sobre as palavras escritas, seja na intenção de consumir as mesmas, seja na intenção da simples "produção".
Texto correto, bem postado, seria mais uma bela dissertação sobre um assunto muito em voga. Mas algo me dizia que aquele assunto, tal qual tantos outros que postamos sob uma forma mecânica, seria algo enfadonho, algo que poderia levar a uma constatação precipitada de que seria mais um texto para enaltecer o ego do blogueiro. E o texto enfadonho (Ebook I) ficou de lado, virou um "rascunho" no blog, que talvez um dia me interesse em postá-lo. Mas me aproveitei apenas da ilustração acima que "pesquei" na Internet por falta de uma foto própria.
E me debruçei sobre outras reflexões interessantes, onde o cerne da questão estaria não tanto centralizado no local ou locais em que são feitas as palavras escritas, mas no porquê da necessidade de se escrever ou ter essa maneira de se expressar muito em conta, ao ponto de se transformar no meio preferido ou de predileção de muitos que se arvoram no mundo das palavras escritas.
Outra reflexão bem interessante é a constatação de que só há a "fabricação" de palavras porque são elas uma maneira muito eficaz de se colocar na ordem do dia a necessidade de se comunicar, às vezes até mais consigo próprio do que com terceiros; muitas vezes se torna uma comunicação de si para si, não carregando a virulência da busca pelo poder, como geralmente são as construções humanas; e a construção da palavra escrita não escaparia de tal fundamento.
E mesmo não se chegando em uma conclusão acerca da necessidade de se escrever (ou digitar), até mesmo porque seria mais uma busca enfadonha, pelo menos pode-se constatar que o ato de escrever (ou digitar) é totalmente influenciado pelo mundo em que vivemos, pela existência vivida que carrega nas palavras a experiência de vida e está sujeito às intempéries e felicidades encontradas em cada existência.
Aqui chega-se em uma reflexão importante. Até que ponto as influências do mundo devem sujeitar a escrita? Ou poderiam os "fabricantes de palavras" ficarem imunes ao que acontece ao redor? Ou o ficar ou não ficar imune é que caracterizaria o estilo de cada "fabricante de palavras" e por isso mesmo todos estariam sujeitos a tomar uma posição, mesmo sabendo que ainda existe a posição do "estar em cima do muro"? Ou a escrita deve reconhecer que as experiências exteriores são a matéria-prima inevitável em qualquer composição que se pretenda literária? Ou cada "fabricante de palavras" deve-se abster do controle racional na "fabricação de palavras" e "fabricá-las" não como manda o figurino, mas sempre em um ato evolutivo de constestação eterna, do ir contra a maré sempre, em busca de uma própria identidade?
Pelo visto tive razão em achar aquele primeiro texto que desenvolvi algo chato, mecânico, pois a discussão sobre a "produção de palavras" sempre será mais rica e abrangente do que o local "visível" ao qual as mesmas se destinam.