domingo, 27 de fevereiro de 2011

Mata Atlântica à Esquerda


Não vem ao caso o local desta Mata Atlântica, mas descrever o significado da inspiração provocada pela Mata Atlântica, que em meu estado se encontra nas porções restritas dos relevos mais elevados em termos geográficos.
Já aconteceu de me encontrar subindo esse relevo pela rodovia existente e me inspirar pela paisagem e clima à volta, chegando a me transportar espiritualmente para uma época em que era um garoto e que aquela imagem em volta se associava plenamente naquele momento. Me via nas famosas curvas da Estrada de Santos cantada em verso e prosa e me imaginava na atmosfera cultural daquele tempo.
As curvas da Estrada de Santos viria a conhecer alguns anos mais tarde, e essas curvas traziam, realmente, muita Mata Atlântica e muitos túneis naquele relevo acidentado.

Imagens


Sendo um blog que tem como proposta oferecer imagens de um pretenso fotógrafo amador, essa imagem acima pode ser interpretada sob vários prismas, porque as nuvens são famosas por permitirem que se veja através dos formatos que as mesmas constroem, uma variedade de interpretações visuais.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Horizonte Azul


Essa foto foi feita em 2009 a partir de um mirante localizado no Sudeste e retrata a condição sempre presente de em alguns momentos nos elevarmos espiritualmente, e nem sempre quer dizer - para se conquistar essa visão -, caminhar ou trafegar literalmente em um relevo mais elevado em termos geográficos, mas ter uma perspectiva elevada de si sobre o mundo, quando numa visão atemporal conseguimos sobrepor a visão temporal.
Coisas extraordinárias acontecem em ambientes mais elevados em termos geográficos, principalmente quando se trafega por esses meios com uma perspectiva já construída ou desenvolvida. Até mesmo sob um prisma bíblico tem-se essa importância dos relevos mais altos para a espiritualidade; e daí que sobressai uma visão mais elevada do que a que temos no reduto da planície, uma visão mais de acordo com as coisas do Alto.
O "verde" entra apenas como um aliado na construção dessa perspectiva, ou conquista dita espiritual, servindo de "instrumento", levando em consideração de que há uma intervenção do Criador, que Se utiliza da própria criação ("verde") para mostrar uma Caminhada além do próprio "verde".

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Visão


Numa manhã de domindo, logo cedo, é possível refletir sobre as visões de mundo sendo contruídas ou alicerçadas a partir do local geográfico em que se encontram os homens, pois nesse dia em especial, de pouco movimento urbano, tem-se uma semelhança de ambientes.
A visão do homem do sertão, ou do homem que vive em um contexto mais rural é uma visão construída a partir do contato direto com os elementos naturais, pois desde que acorda o sol parece ser o despertador natural, que junto ao galo que canta remete à lembrança de que um novo dia está a acontecer. E o tempo corre diferente. Como também os afazeres são diferentes. E o contato com os elementos naturais continuam dia afora, pois temos que há a ordenha do leite, há o capinar do campo para a preparação do solo, e uma gama de afazeres em que os elementos naturais ficam ao lado, numa relação direta de contato. E o homem que vive no campo acaba, por sua vez, ganhando uma experiência precoce em termos espirituais, ao ter um estilo de vida que está em contato direto com os elementos naturais.
Ao passo que os homens urbanos têm como base o que propagam os números, o que propaga a mídia, o salário, o lucro, toda uma produção que faz com que os olhos dos homens urbanos estejam voltados diuturnamente para esses elementos.
O homem do campo tem as árvores, que são uma "propaganda" dos frutos que elas armazenam. O homem urbano tem os letreiros luminosos a lembrar dos produtos a serem consumidos.
Em qual dessas visões haverá uma maior possibilidade de abertura para uma visão Macro do mundo e da vida?

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Montanhas e Lembranças



Sempre gostei das montanhas, que também são chamadas de serras. E esse encanto pelas serras talvez tenha nascido no tempo de menino, quando passava as férias na casa de parentes no interior do estado em que o quintal da casa onde nos hospedávamos acabava numa serra, ou a serra começava a partir dos quintais das casas. E no cume daquela serra havia um Cruzeiro que nunca tive a oportunidade de visitar, dada a minha curiosidade que era fomentada pela aventura da escalada daquela encosta. Mas meu pai nunca permitiu, alegando que nas trilhas haviam cobras. Um dia ainda irei escalar aquela serra.
Na mesma casa, numa manhã meio que fria com cheiro de café torrado e moído na hora e levado ao fogão à lenha, abri a porta que dava para a rua e olhei para as serras ao longe e me chamou a atenção que nos cumes das mesmas houvesse algo branco, parado, parecendo nuvens, mas que tão paradas no mesmo lugar, só poderia ser neve. Na minha imaginação infantil de então, regada pelos filmes da TV, aquilo só poderia ser neve, o que foi confirmado por um primo mais velho que não teve coragem de desfazer o brilho no olhar do primo mais novo.
E muitas serras vieram durante a minha vida. Umas mágicas, outras fascinantes, e mais outras inesquecíveis. A serra é uma parte do relevo que realmente me chama a atenção.
Poderia descrever cada particularidade em algumas serras especiais que visitei, mas que de repente se tornaria enfadonho e cansativo lembrar e descrever nesse blog. Mas além de serem uma parte do relevo que ganha destaque, um dia me deparei com a constatação de que montes, montanhas, lugares mais altos em termos geográficos sempre foram lugares em que acontecimentos extraordinários, espiritualmente e religiosamente falando, teriam a predileção de acontecer, levando em consideração as narrativas bíblicas.
Nesse contexto da espiritualidade, poderíamos levar em consideração os lugares mais altos em termos geográficos apenas como um simbolismo, algo como a significar ou simbolizar que os lugares mais altos estariam mais próximos do céu, tendo, assim, essa maior afinidade e facilidade de acontecerem fatos extraordinários. Mas pelo que podemos constatar, lugares mais altos carregam literalmente essa capacidade de fornecer momentos afeitos à espiritualidade. Então, estar em uma serra, além do deslumbre com a riqueza natural temos uma possibilidade maior de adentrar numa perspectiva mais afeita à espiritualidade.
Apenas um texto "confeccionado" nesse instante, como lembrança boa do tempo de menino e das aventuranças.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

O Jardim



As fotos acima foram feitas em dois momentos diferentes, em dois locais distantes um do outro, e apenas servem para figurar uma reflexão sobre a necessidade, ou a oportunidade conferida àqueles que de repente olham para o jardim - um local que a princípio seria apenas um acessório da residência -, e encontram um paraíso escondido. Coisas fantásticas acontecem nos jardins.
Conheço pessoas que descobriram no jardim - ou no quintal -, paraísos escondidos que de alguma maneira proporcionaram e ainda proporcionam momentos ímpares em termos contemplativos. E essa minha observação foi construída através de uma convivência direta - e na maioria da vezes indireta -, com algumas dessas pessoas que me inspiraram a escrever o meu último livro, que nasceu dessa minha observação agregada a experiências mais diretas em termos de espiritualidade.
E uma dessas inspirações vem de longe no tempo. Lembro que li um livro sobre a abelha Jataí de um autor que se propôs a escrever sobre a mesma, e da leitura agradável e abrangente em termos de meliponicultura guardei um momento em que o autor relatava que seu interesse pelas abelhas nasceu de forma espontânea; quando em um belo dia se deu conta que uma colônia havia se instalado em um cogumelo ornamental feito de alvenaria, no qual a entrada das abelhas se deu através do furo destinado ao fio elétrico responsável pela iluminação da peça ornamental. A partir daí as suas atenções se voltaram para aquele povo alado e nasceu, de pronto, mais um meliponicultor ativo e atuante.
A descoberta dessa visão micro nos faria transportar para um outro mundo diferente, com leis próprias, naturais, seguindo um ritmo certo, sem sobressaltos. E pode até haver um "transporte" literal, onde a inspiração de determinado estilo de vida ofertada por seres sociais que seguem certa ordem organizada - aos olhos humanos -, influenciariam sobremaneira na nossa visão de mundo, onde do micro teríamos a abertura para o Macro.
O interessante nessa reflexão não é a meliponicultura, ou as abelhas e seu modo de vida, mas a constatação de que ao homem é dado o mecanismo da razão que regaria a contemplação, acontecendo um "transporte" e a conquista de uma saída, que no caso seria a constatação da vida acontecendo em uma escala diminuta, em um pequeno espaço, servindo de ancoradouro, ou zona de conforto. Daí que, como pretensa conclusão temos que todos têm a sua chamada "zona de conforto", mesmo que não reconhecida como tal. E o reconhecimento da existência das chamadas "zonas de conforto" promovem a capacidade - através desse reconhecimento -, de que estamos ou estaríamos em uma delas. Daí que consegue-se - através desse reconhecimento -, uma facilidade maior para nos transportarmos de uma zona de conforto para outra até que finalmente possamos chegar naquela que preencha essa necessidade humana de seguir determinados parâmetros como guias a mostrarem uma conduta que satisfaça a conquista das necessidades, básicas, ou não. E creio que depois de certa idade as conquistas acabam, de um jeito ou de outro, saindo do âmbito material para o âmbito espiritual. E nesse caso os jardins se prestam muito bem a isso em um primeiro momento, tendo um papel coadjuvante no enriquecimento espiritual.